
A situação dos órgãos de Defesa Civil (DC) pelo país é frágil. É o que mostra um estudo do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) feito a partir de uma ampla pesquisa dentro do chamado Projeto Elos.
Para começar, 72% dos órgãos de DC não têm orçamento próprio, enquanto 26% não têm orçamento algum. O reflexo disso é a falta de estrutura. A maioria (67%) não tem viaturas para deslocar os profissionais para as áreas afetadas e 30% deles não tem computador, notebook e sequer um celular.
Apesar de concluído em 2021 e divulgado em 2022, o estudo mostra um quadro preocupante porque, às vésperas da temporada de chuvas de Verão que se aproxima, quase nada mudou do ano ado para cá, ao o que os eventos extremos se aceleraram em 2023.
Em muitos lugares, a DC não tem página oficial na internet, as informações – se e quando existem – não são públicas. “Tem estados em que a Defesa Civil é bem estruturada e tem os contatos das defesas civis municipais; tem estados que não, que nem a Defesa Civil Estadual é bem estruturada”, afirmou o sociólogo Victor Marchezini, pesquisador do Cemaden
Janes Rocha – Jornal da Ciência